terça-feira, 12 de maio de 2009

Tipologia

"Num mundo chacoalhado quase diariamente por transformações, a tipografia, fatalmente, será uma hoje e outra amanhã. Mas para criar formas contemporâneas não basta manusear computadores, nem recuperar velhas idéias, nem homenagear pioneiros copiando-os. É preciso cultivar o passado e o presente. Adquirir um lastro de conhecimento e cultura." (Claudio Ferlauto)

As imagens nos dão uma perfeita visão dos fatos, porém a complementação mediante códigos grafados é fundamental para completa veiculação de qualquer mensagem.
Alguns conceitos importantes:

Fonte: o conjunto completo de letras maiúsculas e minúsculas, sinais de pontuação, números e espaços de um determinado tipo. Na propaganda é um termo que significa a mesma coisa que tipo ou tipologia. Na discussão de uma peça gráfica, é normal perguntarem que fonte ou tipo será usado.

Família: variações que a tipologia oferece. Um mesmo tipo pode ser italic (itálico), bold (negrito), normal, medium, extra bold, condensed (condensada), etc. Essa variedade é conhecida como uma família de tipos.

Caixa alta: termo usado para letras maiúsculas.

Caixa baixa: termo usado para letras minúsculas.

Corpo: toda área ocupada pela matriz da letra; ou grossura dos caracteres tipográficos.

Ponto: unidade básica usada na composição para identificar o corpo, o entrelinhamento, etc.

Embora nos dias de hoje o número de fontes seja incontável, é possível, em sua maioria, classificar os tipos por categoria. Os principais grupos são:

1. antigo
2. moderno
3. com serifa
4. sem serifa
5. manuscritos
6. decorativos

antigo: tipos criados com base nos traços das letras dos escrivães públicos e letrados que usavam a pena como ferramenta de trabalho. possuem pequena variação entre traços grossos e finos que são característicos da pena. e essa característica os torna elegantes, clássicos e eternos. outras coisas identificam um tipo antigo: eles sempre têm serifas. e as serifas são inclinadas na caixa baixa. são os melhores para a utilização em textos longos, por serem mais confortáveis aos olhos.


moderno: com a evolução tecnológica, os tipos acompanharam as mudanças, tornando-se mais mecânicos, seja pelos próprios equipamentos de impressão como pelos novos papéis que garantiam uma qualidade de reprodução superior. a serifa é mais delicada e possui os traços mais finos e retos. a transição entre os traços finos e grossos é mais acentuada. possuem uma característica elegante, porém menos poética. para longos textos devem ser usados com moderação e cuidado, pois seus traços grossos demais e serifas finas podem prejudicar a leitura.

sem serifa: se popularizaram no inicio do século xx. seu desenho é muito uniforme, a transição de traços finos e grossos praticamente não existe. o peso da letra é um so. nem sempre os tipos sem serifas são elegantes e bonitos, mas uma boa solução é contrastar os pesos.


manuscrito: embora desenhados no computador, imitam a escrita à mão, das mais tradicionais às mais futuristas. não são bem-vindos para utilização em textos corridos, e trabalhar com textos manuscritos em caixa alta é, normalmente, desastroso.


decorativos: são os mais complicados de usar. são fantasiosos, brincalhões, radicais, por isso mesmo o cuidado na escolha e na combinação tem que ser o maior possível. por outro lado, têm a vantagem de causar uma identidade visual impar na peça gráfica.


Trabalhar a tipologia significa muito mais do que simplesmente escolher letras em mostruários. É necessária uma reflexão cultural, social e até ambiental, escolher a melhor opção. Afinal, os tipos usados em um anúncio publicitário para o verão não teriam o mesmo efeito no inverno, e vice-versa.
O sucesso de uma peça é resultado de ousadia, mas sempre com conhecimento de causa, pois o profissionalismo não pode estar aliado à sorte.

A seguir, alguns exemplos do uso dos tipos como elemento gráfico:









Aspectos importantes na escolha e na composição com tipos:

Legibilidade: a facilidade com que se lê uma determinada fonte (depende da forma, do corpo, do entrelinhamento, etc) .
Visibilidade: a facilidade com que a fonte é vista no espaço/página impresso.
Contraste: imprescindível para atrair o leitor. Pode se dar em relação ao tamanho, ao peso, à estrutura, à forma, à direção ou à cor do tipo utilizado.

Combinando e escolhendo fontes: algumas dicas

1. Experimente. Imprima 3 ou 4 opções das fontes escolhidas, analise-as separadamente e junto ao layout.
2. Uma tipologia de fácil legibilidade não prejudicará o trabalho e deixará quem está lendo mais confortável. Por isso, evite as fontes decorativas.
3. Tipos serifados transmitem elegância e segurança. A porcentagem de erro é quase nula quando se escolhe fontes serifadas.
4. Tipos clássicos são perfeitos para anúncios de bancosm seguradoras ou empresas que são ponderadas em sua comunicação.
5. Tipos modernos caem bem para automóveism moda, alimentos, perfumes. Mas adequação é imprescindível!
6. Fontes sem serifa combinam com fontes serifadas. Normalmente título e texto têm fontes diferentes, mas isso não é uma regra.
7. De modo geral, fontes sem serifa são mais frias, mais pesadas. Combinam com anúncios masculinos, carros, tratores.
8. Fontes usadas para o público feminino são mais delicadas, elegantes. 
9. Opte por famílias extensas, pois uma única fonte pode ser usada em bold, italic, light, extra bold, dando a impressão de que foram usadas várias fontes no trabalho.
10. Defina uma, no máximo duas fontes para o trabalho. Trabalhar com mais pode ser arriscado.
11. Não use fontes serifadas em caixa alta, dificulta a leitura.
12. Se for criar uma peça que tenha vida longa, prefira os tipos clássicos., como Garamond, Times, Bodoni, Futura, Helvetica e Univers. Usar esses tipos é acertar sempre.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Cor

Impregnada de informação, a cor é uma das mais penetrantes experiências visuais que temos todos em comum. Diretamente ligada às emoções, constitui uma fonte de valor inestimável para os comunicadores visuais.

No meio ambiente compartilhamos os significados associativos da cor das árvores, da relva, do céu, de coisas nas quais vemos as cores como estímulos, e a tudo associamos um significado.

A cor existe por causa da luz. É uma sensação que a luz exerce sobre nossos olhos quando um objeto ou região são iluminados.


A formação das cores se dá por dois processos: o aditivo (cor luz) e o subtrativo (cor pigmento).


*Processo aditivo das cores:

A luz branca pode ser decomposta em 7 cores: azul-violeta, azul-cian, azul-anil, verde, amarelo, vermelho-alaranjado e vermelho-magenta. Nesse processo, as cores básicas são o vermelho, o verde e o azul (RGB – Red, Green, Blue). Quando uma cor é adicionada à outra em sua carga máxima de luz, o resultado é o branco. Na luz branca estão todas as outras. O sistema RGB de cores é aquele presente nos monitores de vídeo e TV, logo, será utilizado somente para criações em vídeo, não para trabalhos impressos.


*Processo subtrativo das cores:

Nesse processo, a cor é determinada pelos pigmentos. Ela será resultado da absorção e subtração das cores presentes na luz branca, e não pelas diferentes emissões de ondas de luz. Ou seja, quando a luz branca é direcionada para um objeto, parte desse objeto absorve a luz. A parte da luz que não é absorvida é refletida para nossos olhos, desvendando-nos a cor do objeto atingido, revelando-nos sua pigmentação.

As cores são determinadas pela maior ou menor quantidade de pigmento das tonalidades vermelho, amarelo e azul, que são as cores primárias. Daí criou-se o sistema CMYK, usado pelas gráficas, pelas empresas de fotolitos e pelas impressoras de nossos computadores. Esse sistema baseia-se nas três cores primárias: Cian (azul), Magenta (vermelho) e Yellow (amarelo), que adicionadas ao K (preto) reproduzem uma infinidade de cores.

Classificação das cores:

  1. Primárias - as cores básicas que permitem a formação de todas as outras: azul, amarelo e vermelho (magenta)

  2. Secundárias - combinando as cores primárias em proporções iguais, de duas em duas, teremos as cores secundárias: verde, vermelho-alaranjado, azul-violeta.

  3. Terciárias: mistura das primárias em proporções diferentes.

  4. Cores complementares: o complemento de uma cor primária com a secundária. Ao somar duas cores primárias, por exemplo, o amarelo e o cian, obtém-se a cor verde, que é secundária. O vermelho (cor primária que não foi adicionada) é o complemento dessa cor secundária (verde).

  5. Cores frias: compreendem as tonalidades azuis e a passagem entre verde, azul e violeta. São calmantes, às vezes melancólicas. Dizem que causam uma ligeira queda na temperatura do corpo. Não transmitem euforia.

  6. Cores quentes: ao contrário das frias, estimulam o observador. Causam uma sensação de calor, aproximação, euforia. A temperatura do corpo é ligeiramente aumentada. Suas tonalidades tendem para o amarelo e para a combinação dos tons alaranjados e avermelhados, indo para o magenta.


A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas:

Matiz: é a cor propriamente dita, também chamada de croma, existe em número superior a cem. Cada matiz tem características individuais; os grupos ou categorias de cores compartilham efeitos comuns.

Saturação: é a intensidade da graduação de uma cor pura, ou a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza. A cor saturada é simples, quase primitiva, as menos saturadas levam a uma neutralidade cromática, e até mesmo à ausência de cor. Quanto mais intensa ou saturada for a coloração de um objeto ou acontecimento visual, mais carregado estará de expressão e emoção.

Brilho: relativo ao claro ou ao escuro. Quanto menor a intensidade e luz, menos brilho tem, logo, mais cinza existe na cor. Quanto maior intensidade de luz, mais a cor refletirá o branco. Diferente da saturação, o brilho não torna a cor monocromática, apenas a deixa com mais ou menos brilho.

Em sua formulação mais simples, a estrutura da cor pode ser ensinada através do círculo cromático. As cores primárias e as cores secundárias aparecem inevitavelmente nesse diagrama. Também é comum que nele se incluam as misturas adicionais de pelo menos doze matizes. A partir do simples diagrama do círculo cromático é possível obter múltiplas variações de matizes.

Como visto anteriormente, tendemos a associar as cores com significados. Veja o vídeo abaixo sobre as mais comuns associações:

color in motion

quinta-feira, 19 de março de 2009

Atividade 4

Em grupos (de 3 ou 4 pessoas) escolher uma lei da gestalt (será uma lei para cada grupo) e buscar 4 exemplos de imagens que tenham a presença enfática da lei escolhida. Comentar onde e com qual propósito a lei foi utilizada.

Atividade 3 (entregue em sala de aula)

Com colagem, criar uma composição que demonstre a dualidade figura-fundo trabalhada pela gestalt. Em grupos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Atividade 2

Escolher uma imagem (pode ser foto, anúncio...) e analisar as leis da gestalt nela presentes identificando quais elementos (itens) as identificam e porque.
Postar no blog a imagem e a análise. Pode ser feito em duplas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Atividade 1

Cada aluno deve fazer um blog e duvulgar o endereço nos comentários desse post. Quem já tiver um blog pode usá-lo, desde que este possa ser utilizado apenas para os exercícios desta disciplina.